sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cristo-Rei



Após a visita do Cardeal-Patriarca de Lisboa D. Manuel Cerejeira ao Brasil, este trouxe a ideia de um monumento ao Cristo-Rei.
Eleva-se a cento e trinta e três metros, sendo uma das mais altas construções de Portugal e um excelente miradouro sobre as redondezas.
A primeira pedra foi lançada a 18 de Dezembro de 1949 e foi inaugurado a 17 de Maio de 1959, dia de Pentecostes, perante milhares de pessoas.
Apresenta-se numa postura acolhedora, voltado para a cidade de Lisboa, de braços abertos e de cabeça inclinada.
A imagem foi construída na própria estrutura, recorrendo a moldes de gesso, preparados a partir da maquete, onde foram gastas cerca de quarenta mil toneladas de betão e posteriormente esculpido à mão num trabalho de minúcia.
O projecto é da autoria do arquitecto António Lino e do engenheiro Francisco de Mello e Castro e a imagem é da autoria do mestre Francisco Franco de Sousa.
É um monumento religioso de devoção ao Sagrado Coração de Jesus, conhecido como Santuário Nacional de Cristo-Rei, que se situa no Lugar do Pragal, na freguesia de Almada.
Poderá ser um dos edifícios sacros mais alto e também o pedestal mais alto com a imagem de Cristo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pasteis



Depois da revolução Liberal são encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal e o clero e os respectivos trabalhadores são expulsos.
Segundo consta, alguém que teria pertencido ao Mosteiro dos Jerónimos, pôs à venda uns pasteis, como forma de sobrevivência.
Esta venda de pasteis inicia-se junto ao Mosteiro, num estabelecimento que estava associado a uma refinaria de cana-de-açúcar.
Os pasteis, cuja receita ainda se mantém sem alterações até aos dias de hoje, passam a ser produzidos, a partir de 1837, em instalações anexas à refinaria.
Na altura o pasteleiro do mosteiro terá vendido a receita ao empresário português Domingos Rafael Alves, vindo do Brasil. A receita continua ainda hoje na posse dos seus descendentes, sendo uma marca patenteada (nome e receita).
Apenas os mestres pasteleiros conhecem a receita, que é feita de forma artesanal, assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento onde se comprometem a não a divulgar.
Por dia são confeccionados cerca de dez mil pasteis.
Vale a pena um passeio até ao Mosteiro dos Jerónimos e à Torre de Belém e fazer uma paragem para provar, ou recordar o sabor, dos pasteis que rapidamente ficaram conhecidos por "Pasteis de Belém", que são servidos ainda quentes e polvilhados com açúcar e canela.